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É aquela história. Nem sempre a aventura gastronômica nas ruas da cidade é simplesmente pela comida. As vezes pode ser o lugar, a história, uma curiosidade ou uma experiência, mesmo que esta última não seja positiva.

Enfim, o italiano Vico d’O Scugnizzo é um bom exemplo dessa realidade. Enfim, chega-se a ele pela rua Artur de Azevedo, no bairro de Pinheiros, o que inicialmente resulta em boas opções de restaurante. Este fica numa ruela, embaixo da rua Henrique Schaumann, até aí tudo ótimo, a entrada é uma pequena vila, com janelas típicas, um varal com roupas penduradas e piso de paralelepípedos. É fácil,  entre, vire a direita, depois a esquerda ande alguns passos e chegue ao salão… trajeto não indicado para míopes ou pessoas com problemas de visão noturna.

Vico d’O Scugnizzo significa no dialeto Napolitano “beco do moleque de rua” esses scugnizzi, segundo as histórias, roubavam as pessoas durante a Segunda Grande Guerra a noite para venderem os mesmos produtos durante o dia.

Mas enfim, o ambiente é escuro (as fotos falam por si), de difícil acesso, acabamentos rústicos não por opção, imitando uma vila Napolitana com janelas e portas falsas, cozinha aberta, e alguns outros itens descritos a seguir. Talvez características decorrentes dos 30 anos de funcionamento do estabelecimento.

Sobre a comida, escolhida num sujo cardápio. Segundo o impaciente garçom os pratos mais vendidos são o ravióli, o fusilli e a lasanha. A opção foi pelo Ravióli ao forno, com molho ao sugo gratinado com muzarela.  O que salvou foi o queijo ralado. Esperava-se um ravióli caseiro, mas o servido foi um industrializado, numa pequena cumbuca individual de R$ 46,00. Assim é mais válido passar no supermercado comprar um ravióli da Sadia, um molho da Barilla e queijo faixa azul por menos de 20 reais para duas pessoas.

Enfim, vale a visita quando a opção for: ir num lugar de difícil acesso, escuro, com garçons displicentes que fazem parecer que você não existe, comida que pode comprar no supermercado e fazer em casa muito melhor, ambiente escuro onde não pode ver o prato, pagar caro por pratos simples… ou seja, aquele lugar ideal para comparecer e impressionar a amante após a esposa falar, numa anterior visita, que “nesse lugar eu não volto mais”.

Ah, não aceitam cartões! Mas são ágeis, levam rapidamente a comida à mesa, e tiram o prato antes da última garfada chegar a boca. E tem música ao vivo…

Vale a ida pela diversão.

O tal do ravióli ao forno.

O tal do ravióli ao forno.

Onde: Rua Artur de Azevedo, 773. São Paulo, SP.
Quanto: Raviólia ao forno: R$ 46,00. Couvert artístico: R$ 5,00. Buffet: R$ 6,00 o prato. Entrada: R$ 6,90
Quando: segunda a sexta: 19h à 1h30. domingo: 12h às 17h. sábado: 12h às 17h e 19h à 1h30.
Opção Vegetariana: Não. Nem o buffet (que não possui identificação dos pratos).
Sugestões: vá com muito bom humor… nunca num dia ruim…
Como pagar: dinheiro ou cheque. NÃO ACEITAM CARTÕES, mas recomendam um caixa eletrônico perto… :/
Estacionamento: Não.
Faz entrega: Não.
Perto do metrô: não.
Acessibilidade: não.
Site: –
Telefone: (11) 3085.6912
Data visita: Outubro de 2013.
Observação:

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